Geralmente escrevo nesse blog quando estou amargurado ou quando preciso transformar meus pensamentos em bytes e salvá-los para sempre na nuvem. Porém, escrevo hoje com um sentimento agridoce na alma. Escrevo não só por escrever, mas quero que daqui a alguns anos eu possa voltar neste post e lembrar o quão minha vida valeu a pena em determinado tempo.
Não que eu pense que a vida é um lugar cinza, frio e úmido onde não se pode sentir o sabor doce na boca. Mas… Bem, deixe-me explicar.
Há quem diga que a personalidade de uma pessoa é moldada pelo meio onde ela vive, há quem diga que já se nasce com personalidade formada. Descobri empiricamente que existe em mim uma grande lacuna de auto-confiança e positivismo quando se trata de algo que eu quero. Olhando em retrospectiva, só consegui o que não desejava (não estou dizendo que não é bom/util) mas, o que quero dizer é que quando algo que eu quero dá certo, pinta uma pulga de desconfiança na minha orelha e lá ela se aloja por um bom tempo.
Em suma, há em algum canto da minha consciência há um mini-eu dizendo bem baixinho: “É bom demais pra ser verdade!”.
Mas veja bem, é complicado quando você acorda em um dia aleatório e descobre que um sonho da sua vida se realizou. Na realidade, o pior é acordar no outro dia e ficar olhando para o teto pensando se foi ou não real. É surreal, e ao mesmo tempo medonho.
Por algum motivo estou com medo, por algum motivo estou empolgado. Mas assim como ouvi no decorrer do dia, talvez eu esteja viciado na maconha que deixa meus dias mais felizes. Sinceramente, independente de eu estar viciado ou não, independente de me fazer mal, quero apenas continuar nisso, pois sei que no espaço-tempo, o único momento que eu preciso ser feliz é o agora. E…. bem….Os problemas a gente resolve depois.
“Deixa o mundo saber baby como você é
E os problemas a gente resolve depois, né?
Porque quando você desce
A lua também desce pra verJá me ganhou, agora é só me levar pra você”
Luan Santana – Acordando o Prédio
