Há quem diga que os melhores momentos da vida de um homem são aqueles que ele não planejou. Porém, é impossível quantificar o que chamamos de felicidade, o que transforma ela em uma sensação única para cada indivíduo são as diferentes formas de se “obter” a tão sonhada felicidade.
Em outros tempos, eu achava que felicidade, em suma, era ter o que se queria, de certo modo ainda penso assim, e eu explico porquê.
Imaginemos que você tem um carro excelente, você não precisou lutar para ter, simplesmente aconteceu e você está bem com aquilo, porém, a rotina transforma aquele automóvel em um simples e essencial meio de transporte. É importante ressaltar que como ele já faz parte da rotina você não se empolga mais com ele, por outro lado, no dia em que ele não se encontra você sente falta.
Em contrapartida há uma maravilhosa moto, que tem todos os adjetivos possíveis, porém, não é sua.
Neste momento que é colocada em cheque a tal felicidade, por um lado temos um carro que te faz bem e supre todas as suas nescessidades, e de certo modo te faz suficientemente feliz. No outro temos uma moto excelente, que além te de fazer feliz, te faz se sentir vivo!
O grande X da questão é: Seria você feliz com o carro, ou com a moto? Se você está feliz com o carro, o que é que sente quando está com a moto? Algo além de felicidade? Êxtase?
Independente do que sente, sabe que não é problema andar com os dois, haverá o carro para todos os dias, porém poderá dar uma volta de moto quando quiser se sentir vivo! E se um dia o destino permitir, quem sabe você não fica com a moto?
“Os arvoredos
Já não contam mais segredos
E a última palmeira
Já morreu na cordilheira”
No rancho fundo – Chitãozinho e Xororó